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segunda-feira, 26 de julho de 2010

DISFUNÇÃO DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR


(placa mio-relaxante)


O que é ATM?

D-ATM, ou disfunção da articulação temporomandibular, é uma alteração da articulação que liga o maxilar à mandíbula que pode, por exemplo, não estar funcionando adequadamente. Essa articulação é uma das mais complexas do corpo humano, responsável por mover a mandíbula para frente, para trás e para os lados. Qualquer problema que impeça a função ou o adequado funcionamento deste complexo sistema de músculos, de ligamentos, de discos e de ossos é chamado de D-ATM. Geralmente, a D-ATM dá a sensação ao indivíduo acometido de que sua mandíbula está saltando para fora, fazendo um estalo e até travando por um instante. A causa exata desta disfunção, em geral, é impossível de ser identificada.

Quais os sintomas da D-ATM?

Disfunções de ATM apresentam muitos sinais e sintomas. É difícil saber com certeza se você tem D-ATM, porque um destes sintomas ou todos eles podem também estar presentes em outros problemas. Seu dentista poderá ajudá-lo a fazer um diagnósticopreciso, através de uma história médica e dentária completa, um exame clínico e de radiografias adequadas.

Alguns dos sintomas mais comuns de D-ATM são:

· Dores de cabeça (freqüentemente parecidas com enxaquecas), dores de ouvido, dor e pressão atrás dos olhos;

· Um "clique" ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca;

· Dor ao bocejar, ao abrir muito a boca ou ao mastigar;

· Mandíbulas que "ficam presas", travam ou saem do lugar;

· Flacidez dos músculos da mandíbula;

· Uma brusca mudança no modo em que os dentes superiores e inferiores se encaixam.

Como tratar a D-ATM?

Embora não exista uma cura para a D-ATM, existem diversos tratamentos que você pode seguir para diminuir consideravelmente os sintomas. Seu dentista pode recomendar um ou mais dos seguintes tratamentos:

· Tentar eliminar a dor e o espasmo muscular através da aplicação de calor úmido ou através de medicamentos como relaxante muscular, aspirina ou outros analgésicos comuns, ou ainda antiinflamatórios;

· Reduzir os efeitos prejudiciais de travamento ou rangido, por meio de um aparelho, algumas vezes chamado de placa de mordida ou "splint". Este aparelho, feito sob medida para sua boca, se encaixa nos dentes superiores e ao deslizar sobre os dentes inferiores impede estes dentes inferiores de ranger contra os dentes superiores;

· Aprender técnicas de relaxamento para ajudar a controlar a tensão muscular na mandíbula. Seu dentista pode sugerir que você procure condicionamento e aconselhamento para ajudar a evitar o estresse;

· Quando partes da mandíbula são afetadas e os tratamentos não surtiram efeito, uma cirurgia na articulação pode ser recomendada.

Fonte: campanha procure seu dentista.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

MANTENEDOR DE ESPAÇO.

(mantenedor banda alça)


Quando uma criança perde ou extrai dentes de leite (dentição primária ou decídua) precocemente devido a cárie, é possível que ela precise usar mantenedores de espaço. Por isso, é importante conhecer os benefícios que esse tipo de aparelho proporciona e como ele pode ajudar a manter a saúde bucal de seus filhos.

O mantenedor de espaço é um aparelho feito sob medida em acrílico ou metal pelo dentista ou ortodontista. O mantenedor de espaço pode ser removível ou cimentado na boca da criança. Sua finalidade é manter o espaço para a erupção do dente permanente no lugar certo. Os dentes de leite são importantes para o desenvolvimento da dentição e da musculatura e ossos bucais, e ajudam a posicionar corretamente os dentes permanentes. Quando a criança perde um dente de leite e o espaço não é mantido, pode haver necessidade de tratamento ortodôntico. Nem toda criança que perde um dente de leite precisa de um mantenedor de espaço. Contudo, é sempre importante consultar o dentista/ortodontista para saber se o uso do mantenedor de espaço é necessário ou não.

Tipos de mantenedores de espaço

Existem dois tipos de mantenedores de espaço para crianças: os removíveis e os fixos.

Removíveis: são semelhantes aos aparelhos ortodônticos e geralmente feitos em acrílico. Em alguns casos, pode-se usar um dente artificial para manter o espaço aberto para o dente permanente que vai nascer.

Fixos: dividem-se em quatro grupos diferentes: banda e alça (unilateral), coroa e alça, guia de erupção distal (distal shoe) e lingual (arco de Nance).

Os mantenedores de espaço do tipo banda e alça (unilateral) e coroa e alça(crown and loop) são colocados em um lado da boca para manter o espaço para um dente. O aparelho do tipo banda e alça é preso em volta do dente vizinho e possui uma alça que mantém o espaço aberto para o dente sucessor. O aparelho do tipo coroa e alça é, na verdade, uma coroa que cobre o dente vizinho e que possui uma alça que mantém o espaço aberto para o dente que vai nascer.

O guia de erupção distal (distal shoe) é geralmente usado para manter o espaço do primeiro molar permanente. Trata-se de um mantenedor de espaço mais complicado, porque a extremidade do metal é normalmente inserida na linha da gengiva para evitar que o espaço se feche. O dentista precisa monitorar a erupção do molar permanente para garantir que ele se desenvolva de maneira apropriada com este mantenedor de espaço.

O mantenedor de espaço lingual (arco de Nance) é geralmente bilateral e pode ser cimentado nos molares e conectado com um arco na parte posterior dos dentes frontais inferiores. É usado, em geral, quando há falta de mais de um dente.

Por vezes, a falta de dentes nas crianças deve-se a enfermidades congênitas e pode ser necessário o uso de prótese dentária parcial em vez de mantenedores de espaço. É importante consultar o dentista para determinar se esta é a opção correta.

Uso do mantenedor de espaço

Depois que o dentista ou ortodontista constrói e aplica o mantenedor de espaço, quer ele seja removível ou fixo, são necessários alguns dias para que a criança se acostume a usá-lo. O dentista deve dar aos pais e à criança instruções sobre como manter o aparelho limpo e em ordem, de forma que o tecido gengival permaneça saudável e livre da placa bacteriana. Para a manutenção de uma boa higiene, a criança deve ser ensinada a escovar os dentes e usar fio dental.

Se o mantenedor de espaço for fixo, é importante evitar a ingestão de alimentos açucarados, goma de mascar ou doces que possam prender-se ao aparelho ou fazer com que ele se solte. Além disso, o mantenedor de espaço não deve ser pressionado com a língua ou dedos para evitar sua deformação.

A criança deve ir ao dentista ou ortodontista regularmente para que este possa monitorar o progresso do tratamento e fazer a limpeza semestral dos dentes.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O QUE É ORTODONTIA?


Ortodontia é uma especialidade odontológica que corrige a posição dos dentes e dos ossos maxilares posicionados de forma inadequada. Dentes tortos ou dentes que não se encaixam corretamente são difíceis de serem mantidos limpos, podendo ser perdidos precocemente, devido à deterioração e à doença periodontal. Também causam um estresse adicional aos músculos de mastigação que pode levar a dores de cabeça, síndrome da ATM e dores na região do pescoço, dos ombros e das costas. Os dentes tortos ou mal posicionados também prejudicam a sua aparência.

O tratamento ortodôntico torna a boca mais saudável, proporciona uma aparência mais agradável e dentes com possibilidade de durar a vida toda.

O especialista neste campo é chamado de ortodontista. Os ortodontistas precisam fazer um curso de especialização, além dos cinco anos do curso regular.

Como saber se preciso de um ortodontista?

Apenas seu dentista ou ortodontista poderá determinar se você poderá se beneficiar de um tratamento ortodôntico. Com base em alguns instrumentos de diagnóstico que incluem um histórico médico e dentário completo, um exame clínico, moldes de gesso de seus dentes e fotografias e radiografias especiais, o ortodontista ou dentista poderá decidir se a ortodontia é recomendável e desenvolver um plano de tratamento adequado para você. Se você apresenta algum dos problemas abaixo, pode ser um candidato para o tratamento ortodôntico:

Sobremordida, algumas vezes chamada de "dentes salientes" - este problema é caracterizado por um excesso vertical da região anterior da maxila e/ou uma sobre-erupção dos dentes dessa região. Nos casos de sobremordida, os dentes anteriores superiores recobrem quase 100% dos dentes inferiores, conferindo um sorriso desagradável e problemas mastigatórios. Os dentes inferiores podem, inclusive, estar tocando no palato e na gengiva do arco superior.

Mordida cruzada anterior - uma aparência de "bulldog", quando a arcada inferior está projetada muito à frente ou a arcada superior se posiciona muito atrás.

Mordida cruzada - ocorre quando a arcada superior não fica ligeiramente à frente da arcada inferior ao morder normalmente.

Mordida aberta - espaço entre as superfícies de mordida dos dentes anteriores e/ou laterais quando os dentes posteriores se juntam.

Desvio de linha mediana - ocorre quando o centro da arcada superior não está alinhado com o centro da arcada inferior.

Diastema - falhas, ou espaços, entre os dentes como resultado de dentes ausentes ou dentes que não preenchem a boca.

Apinhamento - ocorre quando existem dentes demais para se acomodarem na arcada dentária pequena.

Como funciona um tratamento ortodôntico eficaz?

Diversos tipos de aparelhos, tanto fixos como móveis, são utilizados para ajudar a movimentar os dentes, retrair os músculos e alterar o crescimento mandibular. Estes aparelhos funcionam colocando uma leve pressão nos dentes e ossos maxilares. A gravidade do seu problema é que irá determinar qual o procedimento ortodôntico mais adequado e mais eficaz.

Aparelhos fixos podem ser:

Aparelho fixo - este é o tipo mais comum de aparelho; consiste de bandas, fios e/ou braquetes. As bandas são fixadas em volta de vários dentes ou um só dente, e utilizadas como âncoras para o aparelho, enquanto que os braquetes são presos na parte externa do dente. Os fios em forma de arco passam através dos braquetes e são ligados às bandas. Apertando-se o arco, os dentes são tracionados, movendo-se gradualmente em direção à posição correta. Os aparelhos fixos são geralmente apertados a cada mês para se obter os resultados desejados, que podem ocorrer no prazo de alguns meses até alguns anos. Atualmente eles são menores, mais leves e exibem bem menos metal que no passado. Podem apresentar cores vivas para as crianças, bem como estilos mais claros, preferidos por muitos adultos.

Aparelho fixo especial - utilizados para controlar o hábito de chupar o dedo ou a língua "presa", estes aparelhos são fixados aos dentes através de bandas. Por serem muito desconfortáveis durante as refeições, devem ser utilizados apenas como um último recurso.

Mantenedor de espaço fixo - se o dente de leite é perdido precocemente, um protetor de espaço é utilizado para manter este espaço aberto até que o dente permanente nasça. Uma banda é cimentada ao dente próximo ao espaço vazio e um fio é estendido até o dente do outro lado do espaço.

Aparelhos móveis incluem:

Niveladores - uma alternativa para os aparelhos convencionais para adultos, niveladores em série estão sendo utilizados por um número crescente de ortodontistas para mover os dentes da mesma forma que os aparelhos fixos, mas sem os fios de aço e os braquetes. Os niveladores são virtualmente invisíveis e removíveis para que o usuário possa se alimentar, escovar os dentes e passar o fio dental.

Mantenedores de espaço móveis - estes aparelhos têm a mesma função que os mantenedores fixos. São feitos com uma base acrílica que se encaixa sobre a mandíbula e têm braços de plástico ou arame entre determinados dentes que devem ser mantidos separados.

Aparelhos reposicionadores de mandíbula - também chamados de talas, estes aparelhos podem ser utilizados no maxilar superior ou mandíbula, e ajudam a "treinar" a mandíbula a fechar em uma posição mais favorável. São utilizados para disfunções da articulação temporomandibular ( ATM ).

Amortecedores de lábios e bochechas - são destinados a manter os lábios e bochechas afastadas dos dentes. Os músculos dos lábios e bochechas podem exercer pressão sobre os dentes e os amortecedores ajudam a aliviar esta pressão.

Expansor palatino - um mecanismo utilizado para alargar o arco da mandíbula superior. Consiste em uma placa de plástico que se encaixa sobre o céu da boca. A pressão externa aplicada sobre a placa por meio de parafusos força as juntas dos ossos do palato a se abrirem para os lados, alargando a área palatina.

Contentores móveis - utilizados no céu da boca, estes aparelhos de contenção previnem que os dentes voltem à posição anterior. Podem também ser modificados e utilizados para evitar que a criança chupe o dedo.

Aparelho extrabucal - com este aparelho, uma faixa é colocada em volta da parte de trás da cabeça, e ligada a um elástico na frente, ou um arco facial. Este aparelho retarda o crescimento da maxila e mantém os dentes posteriores onde estão, enquanto os dentes anteriores são empurrados para trás.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Campanha do DIA D da ortodontia




A Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial (ABOR) realizará no dia 11 de novembro, por meio das associadas regionais no Brasil, a segunda edição da campanha nacional Dia D. Com o tema Ortodontia Preventiva Já!, a ABOR quer alertar a população sobre cuidados com os dentes que podem evitar ou minimizar futuros problemas ortodônticos, principalmente em crianças com até 10 anos de idade.

O trabalho de prevenção e orientação social será feito a partir de informações apontadas no levantamento estatístico de maloclusões em crianças de 6 a 10 anos realizado no dia 30 de maio pelas regionais da ABOR no País. O levantamento promovido em 19 estados e no Distrito Federal, com o total de 4.776 atendimentos revelou que grande parte das crianças apresenta alto índice de cáries em dentes decíduos e permanentes e também perda precoce desses dentes, fatores decisivos para o desenvolvimento de problemas de oclusão no futuro.

A campanha Dia D da Ortodontia pretende ainda dar continuidade ao trabalho de prevenção iniciado em 2008, quando a ABOR alertou sobre os procedimentos que devem ser tomados antes de se iniciar o tratamento ortodôntico, principalmente orientações sobre o profissional qualificado. Cerca de 200 especialistas em Ortodontia, além de estudantes de especialização em Ortodontia e voluntários em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal, estarão presentes em locais de grande circulação de pessoas no Brasil para repassar informações e orientações sobre os hábitos que podem causar maloclusão, como chupar o dedo e respirar pela boca, e o que fazer para prevenir esses problemas. Como material de apoio foi elaborado Gibi informativo, com conteúdo apropriado para crianças na faixa etária de 6 a 10 anos de idade. O Gibi narra a história de dois personagens que se encontram em razão de um problema ortodôntico que atrapalha a vida de um deles. Com uma linguagem descontraída a peça orienta cuidados que podem evitar cáries e perdas precoce de dentes.

Situação no Brasil
Mais de 60% das crianças com idade entre 6 e 10 anos, que participaram do levantamento da ABOR em 30 de maio deste ano, apresentaram alto índice de cáries em dentes de leite e permanentes.Segundo o presidente da ABOR Nacional, Ronaldo da Veiga Jardim, os dados levantados mostram a importância do trabalho de prevenção e orientação da sociedade para a correção de hábitos que causam a maloclusão. A orientação no momento adequado, faixa de 6 a 10 anos, é um serviço de baixo custo que pode evitar ou minimizar problemas ortdônticos da população brasileira. Os problemas podem se agravar, caso providências não sejam tomadas a tempo, destaca Ronaldo.


segunda-feira, 19 de julho de 2010

DISJUNTOR PALATINO DE HAAS


Embora o primeiro relato de expansão ortopédica da maxila tenha ocorrido nos Estados Unidos em 1860, o reconhecimento garantido deste procedimento na América, com apoio declarado de todas as correntes ortodônticas, deve-se principalmente aos trabalhos clássicos publicados por Haas a partir da década de 60. Os mesmos alcançaram grande repercussão e foram capazes de ressuscitar o invento de Angel, ou seja, a idéia do crescimento ósseo intersticial estimulado pela movimentação ortodôntica.
O objectivo da expansão palatal rápida é a obtenção de excelente separação da maxila.
Com a reparação da sutura rompida, ocorre aumento permanente na dimensão maxilar transversa e também diversos benefícios que serão alcançados pela expansão palatal bem sucedida, tais como:
a) promoção do crescimento da mandíbula até o pleno potencial genético.
b) fisiologicamente, a respiração nasal é melhorada como resultado do aumento concomitante na largura da cavidade nasal
c) aumento espontâneo, permanente e significativo na largura do arco dentário inferior
d) implicações relativas à saúde da ATM são relevantes e óbvias devido a mandíbula buscar sua posição mais confortável em repouso ou funcional
e) tracção dos músculos mastigatórios e orofaciais em uma direcção mais favorável e acentuação do crescimento da musculatura orofacial, propiciando um efeito favorável no crescimento dos maxilares, alinhamento dentério e estética dentolabial.
f) uma vez que as bases dentárias possuem uma melhor relação, na maioria dos casos, a necessidade de movimentação dentária durante a correcção ortodôntica é bastante reduzida.


O APARELHO: DESENHO E PRÁTICA CLÍNICA

Componentes

  1. barras de conexão palatinas (construídas com fio 1.2mm de espessura), soldadas nas duas bandas de cada hemiarco (1º mol. e 1º pré-mol.).
  2. botão acrílico, assentado sobre a abóbada palatina.
  3. parafuso, elemento activo do aparelho, o qual imerge na porção acrílica exatamente sobre a rafe palatina.

O aparelho empregado para estágios de dentadura decídua e mista recebe uma pequena modificação. Contém apenas duas bandas na região posterior, sendo adaptadas no 2º molar decíduo ou 1º molar permanente. O dente de ancoragem anterior, o canino decíduo, não recebe banda, e sim, uma extensão da barra de conexão que abraça este dente à semelhança de um grampo em “C”.

O procedimento clínico da expansão rápida da maxila inclui uma fase activa, que libera forças laterais excessivas e outra passiva de contenção. A primeira tem início 24 horas após a instalação do aparelho e implica em acionar o parafuso uma volta completa por dia, 2/4 de volta de manhã e 2/4 de volta à tarde, até a obtenção da morfologia adequada do arco dentário superior. A fase de activação estende-se de 1 a 2 semanas, dependendo da magnitude da atresia maxilar. Já a fase passiva do tratamento compreende a manutenção do aparelho na cavidade bucal por 3 meses, período em que se processa a reorganização sutural da maxila e as forças residuais acumuladas são dissipadas. Passado esse tempo, o aparelho expansor é retirado e substituído por uma placa acrílica palatina de contenção removível, por um período mínimo de 6 meses.


Indicações (segundo Andrew Haas)

  • 50% - A) deficiências maxilares reais e relativas.
  • 10% - B) estenose nasal grave*.
  • 10% - C) classe III cirúrgica e não cirúrgica e pseudo- classe III (funcional).
  • 2% - D) paciente com fissura do palatomadura.
  • 10% - E) problemas de comprimento de arco em caso de bom padrão.
  • 8% - F) onde o deslocamento anterior da maxila é desejável em casos de boa largura
  • 10% - G) caso de mordida esquelética profunda para aumento vertical

* HAAS preconiza expansões mínimas de 12 mm.

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:

  • Em uma expansão palatal bem sucedida, a maxila se movimenta para baixo e para frente e, consequentemente a convexidade da face média e a dimensão vertical são aumentadas; porém ambas as alterações são temporárias. A dimensão vertical original se restabelece no término do tratamento ortodôntico, provavelmente devido à atividade dos músculos da mastigação.
    Os casos de alterações verticais acentuadas podem ser controlados com mentoneira de tração vertical após a expansão palatal.

  • No tratamento de expansão rápida da maxila, a sobreposição dentária é imprescindível, posto que, além da esperada recidiva dento-alveolar, a recidiva esquelética também ocorre.

  • Durante as activações, a sintomatologia dolorosa apresenta-se de forma fugaz e suportável, não comprometendo o procedimento, pelo menos em crianças e adolescentes. Essa sintomatologia atinge o pico imediatamente após cada activaçào e declina bruscamente, minutos depois, sendo às vezes necessária uma analgesia em pacientes adultos.

  • A estrutura acrílica do aparelho deve respeitar as áreas nobres do palato, ou seja, a gengivamarginal livre, região das rugosidades palatinas e região distal do primeiro molar permanente.

  • O disjuntor tipo Haas pode liberar forças de até 10 000g, porém a faixa usual é de 4 000 a
    5 000g.

  • A estrutura raramente se abre após os 18 anos, porém a pressão exercida pelo disjuntor irradia através da maxila causando torque e tensões na mesma, a qual responde com oposição do osso na superfície externa da maxila e, novamente, se assemelha aos casos em que a sutura palatina se abriu.

  • De um modo geral, quanto mais velho o paciente, maior será o efeito ortodôntico em detrimento do efeito ortopédico.

  • Depois da terceira volta completa do parafuso , os incisivos recebem o impacto da disjunçào maxilar, caracterizandose, a partir de então, uma relação direta entre a magnitutude do diastema aberto e a quantidade do efeito ortopédico induzido pela expansão. O fechamento do diastema interincisivos ocorre espontaneamente devido à memória das fibras transseptais elásticas se dando primeiramente ao nível de e, posteriormente, ao nível radicular.

  • O instrumento ideal para o diagnóstico, para registrar a disjunção ao nível da sutura palatina mediana, é a radiografia oclusal total da maxila, na qual pode-se observar uma área triangular, radiolúcida, com a base maior voltada para a espinha nasal anterior, região onde a resistência óssea se faz menor 2.

  • Em casos de rápida expansão maxilar assistidas cirurgicamente, a activação pode ser mais lenta(2/4 de activação dia), pois a força aplicada é imediatamente liberada.

  • Os dois aspectos mais importantes da expansão rápida da maxila são a ancoragem dentária consistente, ou seja, a ancoragem dento-muco-suportada (ou de ancoragem máxima) são fundamentais para uma estabilidadde a longo prazo.

  • CONCLUSÃO:

    O aumento nas dimensões transversais do arco dentário superior, obtido mediante a expansão rápida da maxila, deve-se principalmente, ao efeito ortopédico, o que implica em ganho real da massa óssea e conseqüente aumento do perímetro do arco dentário 2, bem como outros benefícios conquistados através da expansão transversa maxilar 3. Esse efeito tão almejado não é privilégio apenas de pacientes até a adolescência